Soergueremos a cortina pela pontinha
Pano de fundo tão velho, tão pesado.
Veja que tempo foi antes,
Tão regular - olhe, Alice.
Mas sequer olhavam as horas
os felizes,
E retardavam o momento de propósito
os covardes,
Aceleravam o tempo, apressavam,
os barulhentos
Sem razão matavam o tempo
os preguiçosos.
E as rodas do tempo
rangiam com o atrito -
Tudo no mundo se estraga com o atrito.
E então o tempo se ofendeu,
E congelaram os pêndulos do tempo.
E à meia-noite não bateram as doze horas
Todos esperaram o meio dia, mas de novo não aconteceu
Veja que tempo começou,
Tão nervoso - olhe, Alice.
E os felizes olharam assustados para
o relógio,
Os covardes entoaram uma canção
lastimosa,
Os tagarelas fecharam suas
enormes bocas,
Em coro boquiabriram-se e adormeceram
os preguiçosos.
Lubrifique as rodas do tempo
não para o primeiro prêmio,
Ele sente mesmo muita dor por causa do atrito.
Não se pode ofender o tempo -
É ruim e melancólico viver sem o tempo.
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